quinta-feira, 6 de outubro de 2011


Origens da Literatura infanto Juvenil
O impulso de contar histórias deve ter nascido no homem, no momento em que ele sentiu necessidade de comunicar aos outros alguma experiência sua, que poderia ter significação para todos. Concentra-se aqui a íntima relação entre a literatura e a oralidade.

à Grécia e as Fábulas de Esopo;
à Classicismo, França, sec XVII;
à  Fábulas de La Fontaine (1668);
à Contos da mamãe Gansa (histórias ou narrativas do tempo passado com moralidades);
à Charles Perrault atribui a autoria da obra ‘Os Contos da mamãe Gansa”, em sua primeira edição, ao seu filho, o adolescente Pierre Dermancourt.

Os Pioneiros da literatura infanto-juvenil


Esopo (+/- 620 a.C.)
Fabulista grego, nascido pelo ano de 620 a.C. tornou-se célebre por suas fábulas, chegando a ser conhecido em todas as literaturas. Levanta-se a possibilidade de sua obra ser uma compilação de fábulas ditadas pela sabedoria popular da antiga Grécia. As primeiras versões escritas das fábulas de Esopo datam do séc. III d. C. e muitas traduções foram feitas para várias línguas, não existindo uma versão que possa afirmar ser mais próxima da primordial. Antes do advento da impressão, as fábulas de Esopo eram ilustradas em louça, em manuscritos e até em tecidos.


Charles Perrault (1628-1703)
Perrault entra para a História Literária Universal, como autor de uma literatura popular, desvalorizada pela estética de seu tempo e que, apesar disso, se transforma em um dos maiores sucessos da literatura, para a infância, por volta de 1671.
Perrault foi também responsável pela introdução dos desprivilegiados nos salões, em contos cujas personagens são mais estereotipadas: a madrasta, o lobo e os irmãos mais velhos são sempre maus.

Os irmãos Grimm- Jacob e Wilhelm (1785-1863)
Inseridos num contexto histórico alemão de resistência às conquistas Napoleônicas, os Irmãos Grimm recolhem, diretamente da memória popular, as antigas narrativas, lendas ou sagas germânicas, conservadas por tradição oral. Buscando encontrar as origens da realidade histórica germânica, os pesquisadores encontram a fantasia, o fantástico, o mítico em temas comuns da época medieval. A partir daí, uma grande Literatura Infantil surge para encantar crianças de todo o mundo.

Hans Christian Andersen (1805-1875)
É considerado o precursor da literatura infantil mundial. Era pobre, meio desajeitado e alto demais para sua idade quando criança. Há a hipótese de  que, ao escrever “O patinho feio”  o autor tenha se inspirado em sua própria infância. Embora entre suas histórias haja muitas que se desenrolam no mundo fantástico da imaginação, a maioria está presa ao cotidiano. Andersen teve a oportunidade de conhecer bem os contrastes da abundância organizada, ao lado da miséria sem horizontes. Ele mesmo pertenceu a essa faixa social.

A literatura infantil brasileira
Um pouco de história...
  •     Tradição europeia e a literatura oral predominavam no universo destinado à infância.
  •      1894- surgem as primeiras manifestações nacionais voltada ao público infantil: Contos da Carochinha, organizado por Alberto de Figueiredo Pimentel- adaptação de contos tradicionais populares e histórias de fadas europeias.
  •         1905- primeira revista infantil: Tico-tico(durou mais de 50 anos).
  •     Somente em 1950 chegam ao Brasil as produções de Disney. O primeiro quadrinho chamou-se  O Pato Donald.
  •      Produção brasileira crescia, contudo mesmo aqueles escritores que possuíam talento para dialogar com as crianças, não conseguiam escapar da perspectiva educativa, moralizante:
  •       Formar bons hábitos,
  •         Formar bons sentimentos,
  •         Formar bons costumes,
  •       Formar boas maneiras, etc.

 Viriato Correia, com o livro Cazuza e Thales de Andrade, com Saudades, eram as leituras obrigatórias para os jovens que dominavam bem a leitura.

n  Os autores brasileiros entram em cena...


  •       Monteiro Lobato (1882-1948)
    Foi Lobato que, fazendo a herança do passado submergir no presente, encontrou o novo caminho criador de que a Literatura Infantil brasileira estava necessitando. Seu sucesso imediato entre os pequenos leitores ocorreu graças ao fato dele escrever a realidade comum e familiar à criança em seu cotidiano com naturalidade. Com o crescimento e enriquecimento do fabuloso mundo de suas personagens, o maravilhoso passa a ser o elemento integrante do real. Assim é que personagens "reais" (Lúcia, Pedrinho, D. Benta, Tia Nastácia, etc.) têm o mesmo valor das personagens "inventadas" (Emília, Visconde de Sabugosa e todas as personagens que povoam o universo literário lobatiano). Nas adaptações, Lobato preocupou-se em mostrar às crianças o conhecimento da tradição, e também questionar, com elas,  os valores e não-valores que o tempo cristalizou que podem ser renovados. 

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