sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Nesse site temos vários links da língua inglesa, seja para jogar, para aprender a lingua, entre outros.
http://www.linguaestrangeira.pro.br/links/links_estrangeira.htm


http://educarparacrescer.abril.com.br/


http://www.bussolaescolar.com.br/


http://www.inglesonline.com.br/


Esse blog ensina as três linguas: português, inglês e espanhol.
http://questaodeclasse.wordpress.com/




http://networkedblogs.com/n81Ic


http://www.solinguainglesa.com.br/


http://www.englishexperts.com.br/


http://denilsodelima.blogspot.com/


http://a4esl.org/


Se souberem de outros sites ou blogs sobre a língua inglesa, fiquem a vontade para enviar o link.

A FORMAÇÃO DA LITERATURA NO BRASIL


Como ser sociável, dotado de cognição e linguagem, o homem consequentemente se comunica levando a outros suas ideias e sentimentos e os faz usando vários recursos, entre eles a narrativa.
            A narrativa se iniciou com a oralidade e surgindo paralelamente a ela veio a literatura; esta se aprimorou usando outro recurso que é a escrita e assim a literatura tornou-se possível.
Literatura pode ser compreendida como a arte de criar e recriar textos, de estudar a arte da escrita. O termo literatura “arte de escrever”, originou-se do latim, a partir da palavra latina littera, letra.
Tendo por base essas considerações, pode-se constatar que língua, sociedade e literatura estão intimamente interligadas num processo ininterrupto, afinando-se mutuamente e alcançando aos poucos a maturidade.
Mas esse não é o caso das literaturas ocidentais do Novo Mundo. O que aconteceu na literatura do Brasil foi à incorporação de outra, uma literatura já madura, vinda de um espaço geográfico diferente de um povo com uma cultura diferente.
Durante o processo de conquista e colonização, houve o transplante de línguas e literaturas já maduras para um meio físico diferente, com povos de outras raças e com outras culturas. Isso gerou uma forte imposição de leis, costumes e orientação religiosa. Mas mesmo sendo uma literatura imposta, ela foi se transformando à medida que uma nova sociedade se formava e foi se ajustando à nova realidade social e cultural do Brasil.
À medida que a colônia se transformava em nação, a literatura brasileira criou o seu próprio timbre e desenvolveu cada vez mais a sua própria personalidade. Esse processo ocorreu em três etapas a seguir:
1- Era das manifestações literárias (séc.XVI ao meio do séc. XVIII). O Barroco literário é a linha de maior interesse.
2- Era da configuração do sistema literário (meio do séc.XVIII à segunda metade do séc. XIX). Houve transformação do Barroco, tentativas de renovação arcádica e neoclássica e a grande fratura do Romantismo e seus prolongamentos.
3- Era do sistema literário consolidado (segunda metade do séc.XIX até os dias atuais). Abrange as tendências finisseculares; ruptura como Modernismo (1920) e tendências posteriores.
            A literatura produzida no Brasil até o final do séc. XVIII é chamada de Manifestações Literárias e os seus tipos são compreendidos em:
Literatura de informação: esses escritos são descrições do país e também tinham por outra finalidade informar tudo que pudesse interessar aos governantes portugueses, um exemplo foi a Carta de Pero Vaz de Caminha.
A literatura de Catequese: os textos eram destinados ao trabalho de pregação e conversão dos índios. José de Anchieta tendo em vista a catequese escreveu poemas, hinos, canções e cartas informativas sobre a catequese, além de uma gramática da língua Tupi, pois ele acolheu e procurou dar dignidade à própria expressão linguística do indígena.
No século XVII apareceram Antônio Vieira e Gregório de Matos. Antônio Vieira é a principal expressão do barroco em Portugal correto, um dos grandes modelos da escrita clássica portuguesa. Sempre pôs os seus sermões a serviço das causas políticas que defendia, e por isso se indispôs com muita gente. Era um orador incomparável com mais de duzentos sermões e quinhentas cartas. Escreveu relatórios de grande interesse e tratados onde dá largas ao profetismo como a Curiosa História do Futuro, inacabada e de publicação póstuma. Sua linguagem era cheia de harmonia e vigor.
Gregório de Matos, contemporâneo de Vieira, foi o maior poeta barroco brasileiro e um dos fundadores da poesia lírica e satírica do Brasil primava pela irreverência em sua obra ao denunciar as contradições da sociedade baiana do séc.XVII, criticando os mais diferentes grupos sociais. Era conhecido como “O Boca do Inferno”.
A configuração do sistema literário é outro momento que se iniciou a partir da metade do séc. XVIII. Nele já se pode falar pelo menos do esboço de uma literatura como fato cultural configurado. A consciência de grupo por parte dos intelectuais, o reconhecimento que começou a existir de um passado literário local, o começo de maior receptividade por parte de públicos, começam a definir uma articulação dos fatos literários. Esse momento se deu por meio dos movimentos das Academias. A Academia dos Renascidos apresenta  um significativo elemento novo, ela recruta sócios no Sul, mostrando que começava haver articulações entre os homens cultos. Depois de algumas mudanças os intelectuais da Colônia estavam acertando o passo com a filosofia das luzes. Nesse momento chamado de Arcadismo, houve um reflorescimento das tendências artístico-científicas, procurou-se regatar o racionalismo e o equilíbrio do Classicismo do séc. XVI como meio de combater a influência do Barroco. Esse movimento teve grande importância para a literatura brasileira, pois foi um período de amadurecimento e que consequentemente refletiu na quantidade de homens cultos, que formaram o primeiro grande conjunto de brasileiros capazes de ombrear com os naturais de Portugal. Entre os autores árcades brasileiros destacam-se: José de Santa Rita Durão, com o poema Caramuru que tem por tema a terra e particularmente o indígena.
José Basílio da Gama, com o poema “O Uruguai” cujo tema retrata a luta de portugueses e espanhóis contra índios e jesuítas. O poema não enfatiza a guerra em si, mas a descrição física e moral do índio, o choque de culturas e a paisagem natural.
Cláudio Manoel da Costa é um poeta de transição entre o Barroco e o Arcadismo, nele ocorre um procedimento temático de certo alcance na formação de uma sensibilidade nacional na literatura: a da metamorfose- que consiste em imaginar que acidentes naturais como árvores, rios montanhas, são personagens mitológicos transformados.
Tomás Antônio Gonzaga é o mais moderno. Sua obra lírica consiste numa coleção de poemas amorosos dedicados à pastora Marília. A ele se atribui com certeza quase absoluta a autoria do poema satírico inacabado “Cartas Chilenas”. Elas satirizavam os desmandos administrativos e morais de Luís da Cunha de Menezes, governador de Minas Gerais que era populista e acusado de corrupção e nepotismo.
O Arcadismo foi importante não só porque consolidou uma visão crítica do país na época do ciclo do ouro, mas também porque permitiu a abordagem da temática da oposição entre campo e cidade, evidenciou a presença do modelo camoniano e preparou o campo para a literatura de fundo indianista.
O movimento de novas ideias filosóficas e literárias, que teve início a partir do decênio de 1870 e se estende até os dias atuais, trouxe o desenvolvimento de um forte espírito crítico, voltado para analisar de maneira moderna a sociedade, a política e a cultura do Brasil.
Esse movimento trouxe uma transformação cheia de modernidade e pôs em cheque o idealismo romântico e as explicações religiosas, questionou oligarquias e propôs explicações científicas.
A literatura brasileira passou a ser uma atividade regular de muitos escritores e já podia ser difundida através de veículos de comunicação.
A literatura já não vivia mais de idealismos. Passou a ser uma arte mais objetiva que analisasse, compreendesse, criticasse e transformasse a realidade.
A partir de então a literatura foi consolidada, porque houve um amadurecimento da cultura brasileira, e um dos grandes sinais deste amadurecimento é a obra de Machados de Assis.


 Resumo feito por : Fernanda Ferreira e Cylene Cássia.


quinta-feira, 6 de outubro de 2011


Saiba o que muda na ortografia.

Na avaliação do professor Godofredo de Oliveira Neto, presidente do Conselho Diretor do Instituto Internacional da Língua Portuguesa (IILP) e da Comissão de Definição da Política de Ensino, Aprendizagem, Pesquisa e Promoção da Língua Portuguesa (Colip), ligada ao Ministério da Educação (MEC), as principais mudanças para os brasileiros serão a extinção do trema e mudanças no uso do hífen e de acentos diferenciais.
Confira as alterações que o novo acordo trará para o português escrito no Brasil:
Alfabeto
Passará a ter 26 letras, ao incorporar "k", "w" e "y".
Trema
Deixará de existir, só permanecerá em nomes próprios, como Hübner ou Müller.
Acento agudo
Desaparecerá nos ditongos abertos "ei" e "oi" em palavras como "idéia" e jibóia" e nas palavras paroxítonas com "i" e "u" tônicos, quando precedidos de ditongo em palavras como "feiúra"
Acento circunflexo
Desaparecerá em palavras com duplo "o", como vôo e enjôo e na conjugação verbal com duplo "e", como vêem e lêem.
Acento diferencial
Não se usará mais acento para diferenciar "pára" (verbo) de "para" (preposição) ou "pêlo" (substantivo) de "pélo" (verbo) e "pelo" (preposição mais artigo).
Hífen
Desaparecerá em palavras em que o segundo elemento comece com "r" e "s", como "anti-rábico" e "anti-semita". A grafia passará a ser "antirrábico" e "antissemita". O hífen será mantido quando o prefixo terminar em "r", como em "inter-racial".

Acentos
Novas Regras
COMO ERA
COMO FICA

Circunflexo
 DESAPARECE: nas paroxítonas terminadas em  "-eem" e "-oo"
Eles vêem
Eles lêem
Vôo
Enjôo.
Eles vêem
Eles lêem
Voo
Enjoo.







Diferencial



DESAPARECE: em quase todas as palavras.


Pára;
Pêlo;
Pólo;
Pêra;
Pára-brisa.




Para;
Pelo;
Polo;
Pera;
Para-brisa.

Continua: no infinitivo do verbo "pôr" e no pretérito perfeito de "poder" (pôde)
Facultativo: para distinguir forma de fôrma.
NÃO MUDA
É preciso pôr a mesa.
Ontem ele não pôde sair.

Agudo nos Ditongos Abertos
EI e OI
DESAPARECE: nas paroxítonas (acento tônico na penúltima sílaba)
CONTINUA:
 nas palavras oxítonas (acento na última sílaba ) e nos monossílabos tônicos(palavras de uma só sílaba, sendo ela tônica).

Assembléia

Idéia

Heróico

Assembleia

Ideia

Heroico.

Acento Agudo no I e no U em hiato.
DESAPARECE: nas paroxítonas, quando a sílaba tônica é antecedida de ditongo.
Feiúra
Bocaiúva.
Feiura
Bocaiuva.
CONTINUA:  em todos os outros casos determinados pela regra anterior.
NÃO MUDA:
Piauí; tuiuiú; saúde.

Prefixos
Novas Regras
COMO ERA
COMO FICA

TERMINADOS EM VOGAIS E FALSOS PREFIXOS
PARA SER USADO: quando o segundo elemento se inicia por vogal idêntica á vogal final do prefixo ou por H


Microondas

Anti- semita

Micro-ondas

Antissemita.
DESAPARECE: nos outros casos.
Infra-estrutura
Infraestrutura




TERMINADOS EM
B




________________

CO(M)

É USADO: quando o segundo elemento é iniciado por B, H ou R.

DÚVIDA: O acordo não deixa claro se "subumano" passará a ser grafado como "sub-humano".





Subepático





Sub-hepático
É USADO: quando o segundo elemento é iniciado por H.
DUVIDA: O acordo não deixa claro se "coabitar" passará a ser grafado como "co-habitar"
NÃO MUDA

Co-herdar

AD
É USADO: quando o segundo elemento é iniciado por D, H, ou R.
DÚVIDA: "Adrenalina" deve continuar igual, mas não está claro se "adrenal" se torna
"ad-renal".


NÃO MUDA

Ad-digital

CIRCUM
PASSA A SER USADO:  quando o segundo elemento  é iniciado por vogal, H,M, ou N.
Circumurado
Circum-murado

BEM
DESAPARECE: nas palavras citadas no acordo ortográfico e nas suas correlatas, provocando a aglutinação.
Bem-feito
Bem-querer
Bem-querido.
Benfeito
Benquerer
Benquerido.

TERMINADOS EM R
CONTINUA: quando o segundo elemento é iniciado por H ou R.
NÃO MUDA
Super-homem; inter-relação
Algumas palavras compostas perderam o hífen
Pára-quedas

Manda-chuva
Paraquedas

Mandachuva
TREMA
DESAPARECE: em quase todas as palavras.
COMO ERA:
Lingüiça
Conseqüência
Pingüim.
COMO FICA:
Linguiça
Consequência
Pinguim.

Fonte: FOLHAONLINE. www.folha.com.br


Origens da Literatura infanto Juvenil
O impulso de contar histórias deve ter nascido no homem, no momento em que ele sentiu necessidade de comunicar aos outros alguma experiência sua, que poderia ter significação para todos. Concentra-se aqui a íntima relação entre a literatura e a oralidade.

à Grécia e as Fábulas de Esopo;
à Classicismo, França, sec XVII;
à  Fábulas de La Fontaine (1668);
à Contos da mamãe Gansa (histórias ou narrativas do tempo passado com moralidades);
à Charles Perrault atribui a autoria da obra ‘Os Contos da mamãe Gansa”, em sua primeira edição, ao seu filho, o adolescente Pierre Dermancourt.

Os Pioneiros da literatura infanto-juvenil


Esopo (+/- 620 a.C.)
Fabulista grego, nascido pelo ano de 620 a.C. tornou-se célebre por suas fábulas, chegando a ser conhecido em todas as literaturas. Levanta-se a possibilidade de sua obra ser uma compilação de fábulas ditadas pela sabedoria popular da antiga Grécia. As primeiras versões escritas das fábulas de Esopo datam do séc. III d. C. e muitas traduções foram feitas para várias línguas, não existindo uma versão que possa afirmar ser mais próxima da primordial. Antes do advento da impressão, as fábulas de Esopo eram ilustradas em louça, em manuscritos e até em tecidos.


Charles Perrault (1628-1703)
Perrault entra para a História Literária Universal, como autor de uma literatura popular, desvalorizada pela estética de seu tempo e que, apesar disso, se transforma em um dos maiores sucessos da literatura, para a infância, por volta de 1671.
Perrault foi também responsável pela introdução dos desprivilegiados nos salões, em contos cujas personagens são mais estereotipadas: a madrasta, o lobo e os irmãos mais velhos são sempre maus.

Os irmãos Grimm- Jacob e Wilhelm (1785-1863)
Inseridos num contexto histórico alemão de resistência às conquistas Napoleônicas, os Irmãos Grimm recolhem, diretamente da memória popular, as antigas narrativas, lendas ou sagas germânicas, conservadas por tradição oral. Buscando encontrar as origens da realidade histórica germânica, os pesquisadores encontram a fantasia, o fantástico, o mítico em temas comuns da época medieval. A partir daí, uma grande Literatura Infantil surge para encantar crianças de todo o mundo.

Hans Christian Andersen (1805-1875)
É considerado o precursor da literatura infantil mundial. Era pobre, meio desajeitado e alto demais para sua idade quando criança. Há a hipótese de  que, ao escrever “O patinho feio”  o autor tenha se inspirado em sua própria infância. Embora entre suas histórias haja muitas que se desenrolam no mundo fantástico da imaginação, a maioria está presa ao cotidiano. Andersen teve a oportunidade de conhecer bem os contrastes da abundância organizada, ao lado da miséria sem horizontes. Ele mesmo pertenceu a essa faixa social.

A literatura infantil brasileira
Um pouco de história...
  •     Tradição europeia e a literatura oral predominavam no universo destinado à infância.
  •      1894- surgem as primeiras manifestações nacionais voltada ao público infantil: Contos da Carochinha, organizado por Alberto de Figueiredo Pimentel- adaptação de contos tradicionais populares e histórias de fadas europeias.
  •         1905- primeira revista infantil: Tico-tico(durou mais de 50 anos).
  •     Somente em 1950 chegam ao Brasil as produções de Disney. O primeiro quadrinho chamou-se  O Pato Donald.
  •      Produção brasileira crescia, contudo mesmo aqueles escritores que possuíam talento para dialogar com as crianças, não conseguiam escapar da perspectiva educativa, moralizante:
  •       Formar bons hábitos,
  •         Formar bons sentimentos,
  •         Formar bons costumes,
  •       Formar boas maneiras, etc.

 Viriato Correia, com o livro Cazuza e Thales de Andrade, com Saudades, eram as leituras obrigatórias para os jovens que dominavam bem a leitura.

n  Os autores brasileiros entram em cena...


  •       Monteiro Lobato (1882-1948)
    Foi Lobato que, fazendo a herança do passado submergir no presente, encontrou o novo caminho criador de que a Literatura Infantil brasileira estava necessitando. Seu sucesso imediato entre os pequenos leitores ocorreu graças ao fato dele escrever a realidade comum e familiar à criança em seu cotidiano com naturalidade. Com o crescimento e enriquecimento do fabuloso mundo de suas personagens, o maravilhoso passa a ser o elemento integrante do real. Assim é que personagens "reais" (Lúcia, Pedrinho, D. Benta, Tia Nastácia, etc.) têm o mesmo valor das personagens "inventadas" (Emília, Visconde de Sabugosa e todas as personagens que povoam o universo literário lobatiano). Nas adaptações, Lobato preocupou-se em mostrar às crianças o conhecimento da tradição, e também questionar, com elas,  os valores e não-valores que o tempo cristalizou que podem ser renovados.