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sexta-feira, 7 de outubro de 2011
A
FORMAÇÃO DA LITERATURA NO BRASIL
Como ser sociável, dotado de cognição e
linguagem, o homem consequentemente se comunica levando a outros suas ideias e
sentimentos e os faz usando vários recursos, entre eles a narrativa.
A
narrativa se iniciou com a oralidade e surgindo paralelamente a ela veio a
literatura; esta se aprimorou usando outro recurso que é a escrita e assim a literatura
tornou-se possível.
Literatura pode ser
compreendida como a arte de criar e recriar textos, de estudar a arte da
escrita. O termo literatura “arte de escrever”, originou-se do latim, a partir
da palavra latina littera, letra.
Tendo por base essas
considerações, pode-se constatar que língua, sociedade e literatura estão
intimamente interligadas num processo ininterrupto, afinando-se mutuamente e
alcançando aos poucos a maturidade.
Mas esse não é o caso das
literaturas ocidentais do Novo Mundo. O que aconteceu na literatura do Brasil foi
à incorporação de outra, uma literatura já madura, vinda de um espaço
geográfico diferente de um povo com uma cultura diferente.
Durante o processo de
conquista e colonização, houve o transplante de línguas e literaturas já
maduras para um meio físico diferente, com povos de outras raças e com outras
culturas. Isso gerou uma forte imposição de leis, costumes e orientação
religiosa. Mas mesmo sendo uma literatura imposta, ela foi se transformando à
medida que uma nova sociedade se formava e foi se ajustando à nova realidade
social e cultural do Brasil.
À medida que a colônia se
transformava em nação, a literatura brasileira criou o seu próprio timbre e
desenvolveu cada vez mais a sua própria personalidade. Esse processo ocorreu em
três etapas a seguir:
1- Era das manifestações literárias
(séc.XVI ao meio do séc. XVIII). O Barroco literário é a linha de maior
interesse.
2- Era da configuração do sistema
literário (meio do séc.XVIII à segunda metade do séc. XIX). Houve transformação
do Barroco, tentativas de renovação arcádica e neoclássica e a grande fratura
do Romantismo e seus prolongamentos.
3- Era do sistema literário consolidado (segunda
metade do séc.XIX até os dias atuais). Abrange as tendências finisseculares; ruptura
como Modernismo (1920) e tendências posteriores.
A
literatura produzida no Brasil até o final do séc. XVIII é chamada de
Manifestações Literárias e os seus tipos são compreendidos em:
Literatura de informação:
esses escritos são descrições do país e também tinham por outra finalidade
informar tudo que pudesse interessar aos governantes portugueses, um exemplo
foi a Carta de Pero Vaz de Caminha.
A literatura de Catequese: os
textos eram destinados ao trabalho de pregação e conversão dos índios. José de
Anchieta tendo em vista a catequese escreveu poemas, hinos, canções e cartas informativas
sobre a catequese, além de uma gramática da língua Tupi, pois ele acolheu e
procurou dar dignidade à própria expressão linguística do indígena.
No século XVII apareceram
Antônio Vieira e Gregório de Matos. Antônio Vieira é a principal expressão do
barroco em Portugal correto, um dos grandes modelos da escrita clássica
portuguesa. Sempre pôs os seus sermões a serviço das causas políticas que
defendia, e por isso se indispôs com muita gente. Era um orador incomparável
com mais de duzentos sermões e quinhentas cartas. Escreveu relatórios de grande
interesse e tratados onde dá largas ao profetismo como a Curiosa História do
Futuro, inacabada e de publicação póstuma. Sua linguagem era cheia de harmonia
e vigor.
Gregório de Matos,
contemporâneo de Vieira, foi o maior poeta barroco brasileiro e um dos
fundadores da poesia lírica e satírica do Brasil primava pela irreverência em
sua obra ao denunciar as contradições da sociedade baiana do séc.XVII,
criticando os mais diferentes grupos sociais. Era conhecido como “O Boca do
Inferno”.
A configuração do sistema
literário é outro momento que se iniciou a partir da metade do séc. XVIII. Nele
já se pode falar pelo menos do esboço de uma literatura como fato cultural
configurado. A consciência de grupo por parte dos intelectuais, o
reconhecimento que começou a existir de um passado literário local, o começo de
maior receptividade por parte de públicos, começam a definir uma articulação
dos fatos literários. Esse momento se deu por meio dos movimentos das
Academias. A Academia dos Renascidos apresenta
um significativo elemento novo, ela recruta sócios no Sul, mostrando que
começava haver articulações entre os homens cultos. Depois de algumas mudanças
os intelectuais da Colônia estavam acertando o passo com a filosofia das luzes.
Nesse momento chamado de Arcadismo, houve um reflorescimento das tendências
artístico-científicas, procurou-se regatar o racionalismo e o equilíbrio do
Classicismo do séc. XVI como meio de combater a influência do Barroco. Esse
movimento teve grande importância para a literatura brasileira, pois foi um
período de amadurecimento e que consequentemente refletiu na quantidade de
homens cultos, que formaram o primeiro grande conjunto de brasileiros capazes
de ombrear com os naturais de Portugal. Entre os autores árcades brasileiros
destacam-se: José de Santa Rita Durão, com o poema Caramuru que tem por tema a
terra e particularmente o indígena.
José Basílio da Gama, com o
poema “O Uruguai” cujo tema retrata a luta de portugueses e espanhóis contra
índios e jesuítas. O poema não enfatiza a guerra em si, mas a descrição física
e moral do índio, o choque de culturas e a paisagem natural.
Cláudio Manoel da Costa é um
poeta de transição entre o Barroco e o Arcadismo, nele ocorre um procedimento
temático de certo alcance na formação de uma sensibilidade nacional na
literatura: a da metamorfose- que consiste em imaginar que acidentes naturais
como árvores, rios montanhas, são personagens mitológicos transformados.
Tomás Antônio Gonzaga é o
mais moderno. Sua obra lírica consiste numa coleção de poemas amorosos
dedicados à pastora Marília. A ele se atribui com certeza quase absoluta a
autoria do poema satírico inacabado “Cartas Chilenas”. Elas satirizavam os
desmandos administrativos e morais de Luís da Cunha de Menezes, governador de
Minas Gerais que era populista e acusado de corrupção e nepotismo.
O Arcadismo foi importante
não só porque consolidou uma visão crítica do país na época do ciclo do ouro,
mas também porque permitiu a abordagem da temática da oposição entre campo e
cidade, evidenciou a presença do modelo camoniano e preparou o campo para a
literatura de fundo indianista.
O movimento de novas ideias
filosóficas e literárias, que teve início a partir do decênio de 1870 e se
estende até os dias atuais, trouxe o desenvolvimento de um forte espírito
crítico, voltado para analisar de maneira moderna a sociedade, a política e a cultura
do Brasil.
Esse movimento trouxe uma
transformação cheia de modernidade e pôs em cheque o idealismo romântico e as
explicações religiosas, questionou oligarquias e propôs explicações
científicas.
A literatura brasileira
passou a ser uma atividade regular de muitos escritores e já podia ser
difundida através de veículos de comunicação.
A literatura já não vivia
mais de idealismos. Passou a ser uma arte mais objetiva que analisasse,
compreendesse, criticasse e transformasse a realidade.
A partir de então a
literatura foi consolidada, porque houve um amadurecimento da cultura
brasileira, e um dos grandes sinais deste amadurecimento é a obra de Machados
de Assis.
quinta-feira, 6 de outubro de 2011
Saiba o que muda na ortografia.
Na avaliação do professor Godofredo de Oliveira Neto, presidente do Conselho Diretor do Instituto Internacional da Língua Portuguesa (IILP) e da Comissão de Definição da Política de Ensino, Aprendizagem, Pesquisa e Promoção da Língua Portuguesa (Colip), ligada ao Ministério da Educação (MEC), as principais mudanças para os brasileiros serão a extinção do trema e mudanças no uso do hífen e de acentos diferenciais.
Confira as alterações que o novo acordo trará para o português escrito no Brasil:
Alfabeto
Passará a ter 26 letras, ao incorporar "k", "w" e "y".
Passará a ter 26 letras, ao incorporar "k", "w" e "y".
Trema
Deixará de existir, só permanecerá em nomes próprios, como Hübner ou Müller.
Deixará de existir, só permanecerá em nomes próprios, como Hübner ou Müller.
Acento agudo
Desaparecerá nos ditongos abertos "ei" e "oi" em palavras como "idéia" e jibóia" e nas palavras paroxítonas com "i" e "u" tônicos, quando precedidos de ditongo em palavras como "feiúra"
Desaparecerá nos ditongos abertos "ei" e "oi" em palavras como "idéia" e jibóia" e nas palavras paroxítonas com "i" e "u" tônicos, quando precedidos de ditongo em palavras como "feiúra"
Acento circunflexo
Desaparecerá em palavras com duplo "o", como vôo e enjôo e na conjugação verbal com duplo "e", como vêem e lêem.
Desaparecerá em palavras com duplo "o", como vôo e enjôo e na conjugação verbal com duplo "e", como vêem e lêem.
Acento diferencial
Não se usará mais acento para diferenciar "pára" (verbo) de "para" (preposição) ou "pêlo" (substantivo) de "pélo" (verbo) e "pelo" (preposição mais artigo).
Não se usará mais acento para diferenciar "pára" (verbo) de "para" (preposição) ou "pêlo" (substantivo) de "pélo" (verbo) e "pelo" (preposição mais artigo).
Hífen
Desaparecerá em palavras em que o segundo elemento comece com "r" e "s", como "anti-rábico" e "anti-semita". A grafia passará a ser "antirrábico" e "antissemita". O hífen será mantido quando o prefixo terminar em "r", como em "inter-racial".
Desaparecerá em palavras em que o segundo elemento comece com "r" e "s", como "anti-rábico" e "anti-semita". A grafia passará a ser "antirrábico" e "antissemita". O hífen será mantido quando o prefixo terminar em "r", como em "inter-racial".
Acentos
|
Novas Regras
|
COMO ERA
|
COMO FICA
|
|
Circunflexo
|
DESAPARECE:
nas paroxítonas terminadas em "-eem"
e "-oo"
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Eles vêem
Eles lêem
Vôo
Enjôo.
|
Eles vêem
Eles lêem
Voo
Enjoo.
|
|
Diferencial
|
DESAPARECE: em
quase todas as palavras.
|
Pára;
Pêlo;
Pólo;
Pêra;
Pára-brisa.
|
Para;
Pelo;
Polo;
Pera;
Para-brisa.
|
|
Continua: no infinitivo do verbo
"pôr" e no pretérito perfeito de "poder" (pôde)
Facultativo: para distinguir forma de fôrma.
|
NÃO MUDA
É preciso pôr a
mesa.
Ontem ele não
pôde sair.
|
|||
Agudo
nos Ditongos Abertos
EI
e OI
|
DESAPARECE: nas paroxítonas (acento
tônico na penúltima sílaba)
CONTINUA:
nas
palavras oxítonas (acento na última sílaba ) e nos monossílabos tônicos(palavras
de uma só sílaba, sendo ela tônica).
|
Assembléia
Idéia
Heróico
|
Assembleia
Ideia
Heroico.
|
|
Acento
Agudo no I e no U em hiato.
|
DESAPARECE: nas paroxítonas, quando a
sílaba tônica é antecedida de ditongo.
|
Feiúra
Bocaiúva.
|
Feiura
Bocaiuva.
|
|
CONTINUA: em todos os outros casos determinados pela
regra anterior.
|
NÃO MUDA:
Piauí; tuiuiú;
saúde.
|
Prefixos
|
Novas Regras
|
COMO ERA
|
COMO FICA
|
||
TERMINADOS EM VOGAIS E FALSOS
PREFIXOS
|
PARA SER USADO: quando o segundo
elemento se inicia por vogal idêntica á vogal final do prefixo ou por H
|
Microondas
Anti- semita
|
Micro-ondas
Antissemita.
|
||
DESAPARECE:
nos outros casos.
|
Infra-estrutura
|
Infraestrutura
|
|||
TERMINADOS EM
B
________________
CO(M)
|
É USADO: quando o segundo elemento é
iniciado por B, H ou R.
DÚVIDA: O acordo não deixa claro se "subumano"
passará a ser grafado como "sub-humano".
|
Subepático
|
Sub-hepático
|
||
É USADO: quando o segundo elemento é
iniciado por H.
DUVIDA: O acordo não deixa claro se
"coabitar" passará a ser grafado como "co-habitar"
|
NÃO MUDA
Co-herdar
|
||||
AD
|
É USADO: quando o segundo elemento é
iniciado por D, H, ou R.
DÚVIDA: "Adrenalina" deve
continuar igual, mas não está claro se "adrenal" se torna
"ad-renal".
|
NÃO MUDA
Ad-digital
|
|||
CIRCUM
|
PASSA A SER USADO: quando o segundo elemento é iniciado por vogal, H,M, ou N.
|
Circumurado
|
Circum-murado
|
||
BEM
|
DESAPARECE: nas palavras citadas no
acordo ortográfico e nas suas correlatas, provocando a aglutinação.
|
Bem-feito
Bem-querer
Bem-querido.
|
Benfeito
Benquerer
Benquerido.
|
||
TERMINADOS EM R
|
CONTINUA: quando o segundo elemento é
iniciado por H ou R.
|
NÃO MUDA
Super-homem; inter-relação
|
|||
Algumas palavras compostas perderam o
hífen
|
Pára-quedas
Manda-chuva
|
Paraquedas
Mandachuva
|
|||
TREMA
|
|||||
DESAPARECE: em
quase todas as palavras.
|
COMO ERA:
Lingüiça
Conseqüência
Pingüim.
|
COMO FICA:
Linguiça
Consequência
Pinguim.
|
Fonte: FOLHAONLINE. www.folha.com.br
Origens da Literatura infanto
Juvenil
O impulso de contar histórias
deve ter nascido no homem, no momento em que ele sentiu necessidade de
comunicar aos outros alguma experiência sua, que poderia ter significação para
todos. Concentra-se aqui a íntima relação entre a literatura e a oralidade.
à Grécia
e as Fábulas de Esopo;
à Classicismo,
França, sec XVII;
à Fábulas de La Fontaine (1668);
à Contos
da mamãe Gansa (histórias ou narrativas do tempo passado com moralidades);
à Charles
Perrault atribui a autoria da obra ‘Os Contos da mamãe Gansa”, em sua primeira
edição, ao seu filho, o adolescente Pierre Dermancourt.
Os Pioneiros da literatura
infanto-juvenil
Esopo (+/- 620 a.C.)
Fabulista grego, nascido pelo ano
de 620 a.C. tornou-se célebre por suas fábulas, chegando a ser conhecido em
todas as literaturas. Levanta-se a possibilidade de sua obra ser uma compilação
de fábulas ditadas pela sabedoria popular da antiga Grécia. As primeiras
versões escritas das fábulas de Esopo datam do séc. III d. C. e muitas traduções
foram feitas para várias línguas, não existindo uma versão que possa afirmar
ser mais próxima da primordial. Antes do advento da impressão, as fábulas de
Esopo eram ilustradas em louça, em manuscritos e até em tecidos.
Charles Perrault (1628-1703)
Perrault entra para a História
Literária Universal, como autor de uma literatura popular, desvalorizada pela
estética de seu tempo e que, apesar disso, se transforma em um dos maiores
sucessos da literatura, para a infância, por volta de 1671.
Perrault foi também responsável
pela introdução dos desprivilegiados nos salões, em contos cujas personagens
são mais estereotipadas: a madrasta, o lobo e os irmãos mais velhos são sempre
maus.
Os irmãos Grimm- Jacob e
Wilhelm (1785-1863)
Inseridos num contexto histórico
alemão de resistência às conquistas Napoleônicas, os Irmãos Grimm recolhem,
diretamente da memória popular, as antigas narrativas, lendas ou sagas
germânicas, conservadas por tradição oral. Buscando encontrar as origens da
realidade histórica germânica, os pesquisadores encontram a fantasia, o
fantástico, o mítico em temas comuns da época medieval. A partir daí, uma
grande Literatura Infantil surge para encantar crianças de todo o mundo.
Hans Christian Andersen
(1805-1875)
É considerado o precursor da
literatura infantil mundial. Era pobre, meio desajeitado e alto demais para sua
idade quando criança. Há a hipótese de
que, ao escrever “O patinho feio”
o autor tenha se inspirado em sua própria infância. Embora entre suas
histórias haja muitas que se desenrolam no mundo fantástico da imaginação, a
maioria está presa ao cotidiano. Andersen teve a oportunidade de conhecer bem
os contrastes da abundância organizada, ao lado da miséria sem horizontes. Ele
mesmo pertenceu a essa faixa social.
A literatura infantil brasileira
Um pouco de história...
- Tradição europeia e a literatura oral predominavam no universo destinado à infância.
- 1894- surgem as primeiras manifestações nacionais voltada ao público infantil: Contos da Carochinha, organizado por Alberto de Figueiredo Pimentel- adaptação de contos tradicionais populares e histórias de fadas europeias.
- 1905- primeira revista infantil: Tico-tico(durou mais de 50 anos).
- Somente em 1950 chegam ao Brasil as produções de Disney. O primeiro quadrinho chamou-se O Pato Donald.
- Produção brasileira crescia, contudo mesmo aqueles escritores que possuíam talento para dialogar com as crianças, não conseguiam escapar da perspectiva educativa, moralizante:
- Formar bons hábitos,
- Formar bons sentimentos,
- Formar bons costumes,
- Formar boas maneiras, etc.
Viriato
Correia, com o livro Cazuza e Thales de Andrade, com Saudades, eram as leituras
obrigatórias para os jovens que dominavam bem a leitura.
n Os
autores brasileiros entram em cena...
- Monteiro Lobato (1882-1948)
Foi
Lobato que, fazendo a herança do passado submergir no presente, encontrou o
novo caminho criador de que a Literatura Infantil brasileira estava
necessitando. Seu sucesso imediato entre os pequenos leitores ocorreu graças ao
fato dele escrever a realidade comum e familiar à criança em seu cotidiano com
naturalidade. Com o crescimento e enriquecimento do fabuloso mundo de suas
personagens, o maravilhoso passa a ser o elemento integrante do real. Assim é
que personagens "reais" (Lúcia, Pedrinho, D. Benta, Tia Nastácia, etc.)
têm o mesmo valor das personagens "inventadas" (Emília, Visconde de
Sabugosa e todas as personagens que povoam o universo literário lobatiano). Nas adaptações, Lobato preocupou-se em mostrar às crianças o
conhecimento da tradição, e também questionar, com elas, os valores e não-valores que o tempo
cristalizou que podem ser renovados.
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