Origens da Literatura infanto
Juvenil
O impulso de contar histórias
deve ter nascido no homem, no momento em que ele sentiu necessidade de
comunicar aos outros alguma experiência sua, que poderia ter significação para
todos. Concentra-se aqui a íntima relação entre a literatura e a oralidade.
à Grécia
e as Fábulas de Esopo;
à Classicismo,
França, sec XVII;
à Fábulas de La Fontaine (1668);
à Contos
da mamãe Gansa (histórias ou narrativas do tempo passado com moralidades);
à Charles
Perrault atribui a autoria da obra ‘Os Contos da mamãe Gansa”, em sua primeira
edição, ao seu filho, o adolescente Pierre Dermancourt.
Os Pioneiros da literatura
infanto-juvenil
Esopo (+/- 620 a.C.)
Fabulista grego, nascido pelo ano
de 620 a.C. tornou-se célebre por suas fábulas, chegando a ser conhecido em
todas as literaturas. Levanta-se a possibilidade de sua obra ser uma compilação
de fábulas ditadas pela sabedoria popular da antiga Grécia. As primeiras
versões escritas das fábulas de Esopo datam do séc. III d. C. e muitas traduções
foram feitas para várias línguas, não existindo uma versão que possa afirmar
ser mais próxima da primordial. Antes do advento da impressão, as fábulas de
Esopo eram ilustradas em louça, em manuscritos e até em tecidos.
Charles Perrault (1628-1703)
Perrault entra para a História
Literária Universal, como autor de uma literatura popular, desvalorizada pela
estética de seu tempo e que, apesar disso, se transforma em um dos maiores
sucessos da literatura, para a infância, por volta de 1671.
Perrault foi também responsável
pela introdução dos desprivilegiados nos salões, em contos cujas personagens
são mais estereotipadas: a madrasta, o lobo e os irmãos mais velhos são sempre
maus.
Os irmãos Grimm- Jacob e
Wilhelm (1785-1863)
Inseridos num contexto histórico
alemão de resistência às conquistas Napoleônicas, os Irmãos Grimm recolhem,
diretamente da memória popular, as antigas narrativas, lendas ou sagas
germânicas, conservadas por tradição oral. Buscando encontrar as origens da
realidade histórica germânica, os pesquisadores encontram a fantasia, o
fantástico, o mítico em temas comuns da época medieval. A partir daí, uma
grande Literatura Infantil surge para encantar crianças de todo o mundo.
Hans Christian Andersen
(1805-1875)
É considerado o precursor da
literatura infantil mundial. Era pobre, meio desajeitado e alto demais para sua
idade quando criança. Há a hipótese de
que, ao escrever “O patinho feio”
o autor tenha se inspirado em sua própria infância. Embora entre suas
histórias haja muitas que se desenrolam no mundo fantástico da imaginação, a
maioria está presa ao cotidiano. Andersen teve a oportunidade de conhecer bem
os contrastes da abundância organizada, ao lado da miséria sem horizontes. Ele
mesmo pertenceu a essa faixa social.
A literatura infantil brasileira
Um pouco de história...
- Tradição europeia e a literatura oral predominavam no universo destinado à infância.
- 1894- surgem as primeiras manifestações nacionais voltada ao público infantil: Contos da Carochinha, organizado por Alberto de Figueiredo Pimentel- adaptação de contos tradicionais populares e histórias de fadas europeias.
- 1905- primeira revista infantil: Tico-tico(durou mais de 50 anos).
- Somente em 1950 chegam ao Brasil as produções de Disney. O primeiro quadrinho chamou-se O Pato Donald.
- Produção brasileira crescia, contudo mesmo aqueles escritores que possuíam talento para dialogar com as crianças, não conseguiam escapar da perspectiva educativa, moralizante:
- Formar bons hábitos,
- Formar bons sentimentos,
- Formar bons costumes,
- Formar boas maneiras, etc.
Viriato
Correia, com o livro Cazuza e Thales de Andrade, com Saudades, eram as leituras
obrigatórias para os jovens que dominavam bem a leitura.
n Os
autores brasileiros entram em cena...
- Monteiro Lobato (1882-1948)
Foi
Lobato que, fazendo a herança do passado submergir no presente, encontrou o
novo caminho criador de que a Literatura Infantil brasileira estava
necessitando. Seu sucesso imediato entre os pequenos leitores ocorreu graças ao
fato dele escrever a realidade comum e familiar à criança em seu cotidiano com
naturalidade. Com o crescimento e enriquecimento do fabuloso mundo de suas
personagens, o maravilhoso passa a ser o elemento integrante do real. Assim é
que personagens "reais" (Lúcia, Pedrinho, D. Benta, Tia Nastácia, etc.)
têm o mesmo valor das personagens "inventadas" (Emília, Visconde de
Sabugosa e todas as personagens que povoam o universo literário lobatiano). Nas adaptações, Lobato preocupou-se em mostrar às crianças o
conhecimento da tradição, e também questionar, com elas, os valores e não-valores que o tempo
cristalizou que podem ser renovados.
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