sábado, 5 de novembro de 2011

Sinais de Pontuação


Sinais de Pontuação

Os sinais de pontuação são recursos destinados à escrita, dotados de finalidades específicas


Para que servem os sinais de pontuação? No geral, para representar pausas na fala, nos casos do ponto, vírgula e ponto e vírgula; ou entonações, nos casos do ponto de exclamação e de interrogação, por exemplo.
Além de pausa na fala e entonação da voz, os sinais de pontuação reproduzem, na escrita, nossas emoções, intenções e anseios.
Vejamos aqui alguns empregos:

1. Vírgula (,)
É usada para:
a) separar termos que possuem mesma função sintática na oração: O menino berrou, chorou, esperneou e, enfim, dormiu.
Nessa oração, a vírgula separa os verbos.
b) isolar o vocativo: Então, minha cara, não há mais o que se dizer!
c) isolar o aposto: O João, ex-integrante da comissão, veio assistir à reunião.
d) isolar termos antecipados, como complemento ou adjunto:
1. Uma vontade indescritível de beber água, eu senti quando olhei para aquele copo suado! (antecipação de complemento verbal)
2. Nada se fez, naquele momento, para que pudéssemos sair! (antecipação de adjunto adverbial)
e) separar expressões explicativas, conjunções e conectivos: isto é, ou seja, por exemplo, além disso, pois, porém, mas, no entanto, assim, etc.
f) separar os nomes dos locais de datas: Brasília, 30 de janeiro de 2009.
g) isolar orações adjetivas explicativas: O filme, que você indicou para mim, é muito mais do que esperava.
 
2.Pontos

2.1 -
Ponto-final (.)
É usado ao final de frases para indicar uma pausa total:
a) Não quero dizer nada.
b) Eu amo minha família.
E em abreviaturas: Sr., a. C., Ltda., vv., num., adj., obs.
 
       
2.2 -
Ponto de Interrogação (?)

O ponto de interrogação é usado para:
a) Formular perguntas diretas:

Você quer ir conosco ao cinema?
Desejam participar da festa de confraternização?

b) Para indicar surpresa, expressar indignação ou atitude de expectativa diante de uma determinada situação:

O quê? não acredito que você tenha feito isso! (atitude de indignação)
Não esperava que fosse receber tantos elogios! Será que mereço tudo isso? (surpresa)
 Qual será a minha colocação no resultado do concurso? Será a mesma que imagino? (expectativa)
Esse sinal de pontuação é utilizado nas seguintes circunstâncias:

a) Depois de frases que expressem sentimentos distintos, tais como: entusiasmo, surpresa, súplica, ordem, horror, espanto:

Iremos viajar! (entusiasmo)
Foi ele o vencedor! (surpresa)
Por favor, não me deixe aqui! (súplica)
Que horror! Não esperava tal atitude.  (espanto) 
Seja rápido! (ordem)

b ) Depois de vocativos e algumas interjeições:

 Ui! que susto você me deu. (interjeição)
Foi você mesmo, garoto! (vocativo)
c) Nas frases que exprimem desejo:
Oh, Deus, ajude-me! 

Observações dignas de nota:
* Quando a intenção comunicativa expressar, ao mesmo tempo, questionamento e admiração, o uso dos pontos de interrogação e exclamação é permitido. Observe:
Que que eu posso fazer agora?!

* Quando se deseja intensificar ainda mais a admiração ou qualquer outro sentimento, não há problema algum em repetir o ponto de exclamação ou interrogação. Note:
Não!!! – gritou a mãe desesperada ao ver o filho em perigo.  

3. Ponto e vírgula (;)    
É usado para:
a) separar itens enumerados:A Matemática se divide em:
- geometria;
- álgebra;
- trigonometria;
- financeira.
b) separar um período que já se encontra dividido por vírgulas: Ele não disse nada, apenas olhou ao longe, sentou por cima da grama; queria ficar sozinho com seu cão.
4. Dois-pontos (:)
É usado quando:
a) fazer uma citação ou introduzir uma fala:
Ele respondeu: não, muito obrigado!
b) indicar uma enumeração:
Quero lhe dizer algumas coisas: não converse com pessoas estranhas, não brigue com seus colegas e não responda à professora.
5. Aspas (“”)
São usadas para indicar:
a) citação de alguém: “A ordem para fechar a prisão de Guantánamo mostra um início firme. Ainda na edição, os 25 anos do MST e o bloqueio de 2 bilhões de dólares do Oportunity no exterior” (Carta Capital on-line, 30/01/09)
b) expressões estrangeiras, neologismos, gírias: Nada pode com a propaganda de “outdoor”.
6. Reticências (...)
São usadas para indicar supressão de um trecho, interrupção ou dar ideia de continuidade ao que se estava falando:
a) (...) Onde está ela, Amor, a nossa casa,
O bem que neste mundo mais invejo?
O brando ninho aonde o nosso beijo
Será mais puro e doce que uma asa? (...)
b) E então, veio um sentimento de alegria, paz, felicidade...
c) Eu gostei da nova casa, mas do quintal...
7. Parênteses ( )
São usados quando se quer explicar melhor algo que foi dito ou para fazer simples indicações.
Ele comeu, e almoçou, e dormiu, e depois saiu. (o e aparece repetido e, por isso, há o predomínio de vírgulas).
8. Travessão (–)
O travessão é indicado para:
a) Indicar a mudança de interlocutor em um diálogo:
- Quais ideias você tem para revelar?
- Não sei se serão bem-vindas.
- Não importa, o fato é que assim você estará contribuindo para a elaboração deste projeto.
b) Separar orações intercaladas, desempenhando as funções da vírgula e dos parênteses:   
Precisamos acreditar sempre – disse o aluno confiante – que tudo irá dar certo.
Não aja dessa forma – falou a mãe irritada – pois pode ser arriscado.
c) Colocar em evidência uma frase, expressão ou palavra:
O prêmio foi destinado ao melhor aluno da classe – uma pessoa bastante esforçada. 

Espero ter ajudado.

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Livros para baixar

Olá pessoal! Essa semana temos 21 livros importantes para o curso de Letras pois abordam conteúdos da  Linguística e da  Gramática. 
Espero ter ajudado.


Dúvidas ou sugestões entre em contato.




1. O primeiro livro de grande repercussão da obra de Noam Chomsky, "Syntatic Structures":

http://www.4shared.com/document/8EKKgZkT/_Noam_Chomsky_-_Syntactic_Stru.html
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2. Livro "Linguagem e Mente", de Noam Chomsky:

http://www.4shared.com/document/nw3cTxY2/Psicologia_Noam_Chomsky_-_Ling.html
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3. Livro "Linguagem e Pensamento", de Noam Chomsky:

http://www.4shared.com/document/s-IjU8dh/CHOMSKY__N_Linguagem_e_Pensame.html
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4. Dicionário de Termos Linguísticos(O MELHOR EM PORTUGUÊS):

http://www.4shared.com/document/pm9oFkhI/Dicionrio_de_Lingstica.html
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5. Gramática do Português Falado (Maria H. de Moura Neves):

http://www.4shared.com/document/DbZUsqna/Gramtica_do_PortuguesFalado_-_.html
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6. Linguística e Comunicação, de Roman Jakobson:

http://www.4shared.com/document/ssDPI6lK/JAKOBSON_Roman_Lingustica_e_co.html
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7. Manual de Linguística, de Marcus Maia:

http://www.4shared.com/document/cpqafRXS/Manual_de_Lingustica_-_Marcus_.html
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8. Linguagem e Persuasão, de Adilson Citelli:

http://www.4shared.com/document/wXdne0K8/LINGUAGEM_E_PERSUASAO_-_ADILSO.html
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9.Processamento da Linguagem, Marcus Maia & Ingrid Finger (orgs.):

http://www.4shared.com/document/-_SCjU4D/Processamento_da_Linguagem_-_M.html
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10. Uma Breve História da Linguagem, de Steven Roger Fischer:

http://www.4shared.com/document/b2L7fCW8/Uma_breve_histria_da_linguagem.html
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11. O que é Linguística?, de Eni Puccinelli Orlandi:
http://www.4shared.com/document/wXCfHYKI/O_que__lingustica.html
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12. Preconceito Linguístico, de Marcos Bagno:

http://www.4shared.com/document/UQeakKb-/Marcos_Bagno_-_PRECONCEITO_LIN.html
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13. Gramática da Frase, de Gabriel de Ávila Othero:

http://www.4shared.com/document/qnqRMBm1/GRAMTICA_DA_FRASE_-_GABRIEL_VI.html
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14. Estrutura da Língua Portuguesa, de J.Mattoso Câmra Jr.:

http://www.4shared.com/document/2MzONPBv/Joaquim_Mattoso_Cmara_Jr_-_Est.html
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15. Manual de Expressão Oral e Escrita, de J. Mattoso Câmara Jr.:
http://www.4shared.com/document/oKktTv2w/Manual_de_Expressao_Oral_e_Esc.html
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16. Sofrendo a Gramática, de Mário A. Perini:

http://www.4shared.com/document/knMDH84d/Mrio_Perini_-_Sofrendo_a_gramt.html
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17. Pensamento & Linguagem, de Lev Seminovich Vigotzky:

http://www.4shared.com/document/JaKe8VI6/Pensamento__Linguagem_-_Lev_Se.html
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18. Para compreender Saussure,de Castelar de Carvalho:

http://www.4shared.com/document/vERNZDBy/Para_compreender_Saussure_-_ca.html
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19. Teoria Lexical, de Margarida Basílio:

http://www.4shared.com/file/O2Tjl-tE/Teoria_Lexical_-_Margarida_Bas.html
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20. Semiótica e Fiolosofia da Linguagem, Umberto Eco:

http://www.4shared.com/document/3mq2QkpM/Umberto_Eco_-_semiotica_e_filo.html
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21. LIVRO COMPLETO DE PSICOLINGUÍSTICA(EM INGLÊS):

http://www.4shared.com/file/Hj1VTcPJ/PSICOLINGUSTICA.html
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quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Dicas da Língua Portuguesa


  1. Super-interessante
    Na famosa revista está grafada a palavra Super- acima de -interessante. Dado o desconto por tratar-se de um nome, uma marca, deve-se chamar a atenção: a palavra superinteressante escreve-se sem hífen. E, portanto, não teria essa divisão silábica, mas esta: su-pe-rin-te-res-san-te.
  2. Um agravante, um atenuante
    Agravante e atenuante são palavras femininas. Portanto, uma agravante, uma atenuante. Sempre.
  3. Todo mundo
    Todo o mundo erra essa. Todo o mundo precisa saber que o correto é “todo o mundo” em qualquer situação.
  4. Qualidade que você gosta
    Outro erro comum nos reclames diários. Quem gosta, gosta de alguma coisa, portanto, a marca de que você gosta
  5. O banco que você confia
    Quem confia, confia em alguma coisa. Portanto, o banco em que você confia.
  6. A janta está na mesa
    A janta está quase consagrada pelo uso, como se costuma dizer nos meios gramáticos. Mas, se você preferir uma forma mais correta, diga sempre que o jantar está na mesa.
  7. Desculpe a nossa falha
    Se você der alguma informação errada em seu blog, não diga “desculpe a nossa falha”. Quem desculpa, desculpa alguém de (ou por) alguma coisa. Então: desculpe-nos pela falha.

Pronúncia

Os erros de pronúncia são vários. Algumas palavras ficam até esquisitas se pronunciadas da maneira correta e você corre o risco de ser considerado uma criatura exótica, mas – fazer o quê? – vamos a alguns deles:
  1. Um xeróx
    Tire sempre uma xérox (o acento, nos dois casos, é ilustrativo). Na dúvida, peça uma fotocópia.
  2. Féche a porta
    A pronúncia correta é fêche a porta, com o e fechado (o acento é ilustrativo).
  3. Incêsto
    A pronúncia correta é incésto (o acento também é ilustrativo).
  4. Toráxico
    Escreva e pronuncie torácico.
  5. Aerosol
    Escreva e pronuncie aerossol.
  6. Comprar no Éxtra
    O “e” é fechado. Faça compras no Êxtra (novamente, acento meramente ilustrativo). Acho que nas propagandas a pronúncia usada é com o e aberto.
  7. Sintaxe pronunciada sintakse
    Essa é para os programadores de plantão. O seu código não está com problemas de “sintakse”, está com problemas de “sintásse“. As grafias entre aspas são meramente ilustrativas. A grafia correta é sintaxe.
  8. Subzídio
    Escreve-se subsídio e pronuncia-se subcídio.

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Nesse site temos vários links da língua inglesa, seja para jogar, para aprender a lingua, entre outros.
http://www.linguaestrangeira.pro.br/links/links_estrangeira.htm


http://educarparacrescer.abril.com.br/


http://www.bussolaescolar.com.br/


http://www.inglesonline.com.br/


Esse blog ensina as três linguas: português, inglês e espanhol.
http://questaodeclasse.wordpress.com/




http://networkedblogs.com/n81Ic


http://www.solinguainglesa.com.br/


http://www.englishexperts.com.br/


http://denilsodelima.blogspot.com/


http://a4esl.org/


Se souberem de outros sites ou blogs sobre a língua inglesa, fiquem a vontade para enviar o link.

A FORMAÇÃO DA LITERATURA NO BRASIL


Como ser sociável, dotado de cognição e linguagem, o homem consequentemente se comunica levando a outros suas ideias e sentimentos e os faz usando vários recursos, entre eles a narrativa.
            A narrativa se iniciou com a oralidade e surgindo paralelamente a ela veio a literatura; esta se aprimorou usando outro recurso que é a escrita e assim a literatura tornou-se possível.
Literatura pode ser compreendida como a arte de criar e recriar textos, de estudar a arte da escrita. O termo literatura “arte de escrever”, originou-se do latim, a partir da palavra latina littera, letra.
Tendo por base essas considerações, pode-se constatar que língua, sociedade e literatura estão intimamente interligadas num processo ininterrupto, afinando-se mutuamente e alcançando aos poucos a maturidade.
Mas esse não é o caso das literaturas ocidentais do Novo Mundo. O que aconteceu na literatura do Brasil foi à incorporação de outra, uma literatura já madura, vinda de um espaço geográfico diferente de um povo com uma cultura diferente.
Durante o processo de conquista e colonização, houve o transplante de línguas e literaturas já maduras para um meio físico diferente, com povos de outras raças e com outras culturas. Isso gerou uma forte imposição de leis, costumes e orientação religiosa. Mas mesmo sendo uma literatura imposta, ela foi se transformando à medida que uma nova sociedade se formava e foi se ajustando à nova realidade social e cultural do Brasil.
À medida que a colônia se transformava em nação, a literatura brasileira criou o seu próprio timbre e desenvolveu cada vez mais a sua própria personalidade. Esse processo ocorreu em três etapas a seguir:
1- Era das manifestações literárias (séc.XVI ao meio do séc. XVIII). O Barroco literário é a linha de maior interesse.
2- Era da configuração do sistema literário (meio do séc.XVIII à segunda metade do séc. XIX). Houve transformação do Barroco, tentativas de renovação arcádica e neoclássica e a grande fratura do Romantismo e seus prolongamentos.
3- Era do sistema literário consolidado (segunda metade do séc.XIX até os dias atuais). Abrange as tendências finisseculares; ruptura como Modernismo (1920) e tendências posteriores.
            A literatura produzida no Brasil até o final do séc. XVIII é chamada de Manifestações Literárias e os seus tipos são compreendidos em:
Literatura de informação: esses escritos são descrições do país e também tinham por outra finalidade informar tudo que pudesse interessar aos governantes portugueses, um exemplo foi a Carta de Pero Vaz de Caminha.
A literatura de Catequese: os textos eram destinados ao trabalho de pregação e conversão dos índios. José de Anchieta tendo em vista a catequese escreveu poemas, hinos, canções e cartas informativas sobre a catequese, além de uma gramática da língua Tupi, pois ele acolheu e procurou dar dignidade à própria expressão linguística do indígena.
No século XVII apareceram Antônio Vieira e Gregório de Matos. Antônio Vieira é a principal expressão do barroco em Portugal correto, um dos grandes modelos da escrita clássica portuguesa. Sempre pôs os seus sermões a serviço das causas políticas que defendia, e por isso se indispôs com muita gente. Era um orador incomparável com mais de duzentos sermões e quinhentas cartas. Escreveu relatórios de grande interesse e tratados onde dá largas ao profetismo como a Curiosa História do Futuro, inacabada e de publicação póstuma. Sua linguagem era cheia de harmonia e vigor.
Gregório de Matos, contemporâneo de Vieira, foi o maior poeta barroco brasileiro e um dos fundadores da poesia lírica e satírica do Brasil primava pela irreverência em sua obra ao denunciar as contradições da sociedade baiana do séc.XVII, criticando os mais diferentes grupos sociais. Era conhecido como “O Boca do Inferno”.
A configuração do sistema literário é outro momento que se iniciou a partir da metade do séc. XVIII. Nele já se pode falar pelo menos do esboço de uma literatura como fato cultural configurado. A consciência de grupo por parte dos intelectuais, o reconhecimento que começou a existir de um passado literário local, o começo de maior receptividade por parte de públicos, começam a definir uma articulação dos fatos literários. Esse momento se deu por meio dos movimentos das Academias. A Academia dos Renascidos apresenta  um significativo elemento novo, ela recruta sócios no Sul, mostrando que começava haver articulações entre os homens cultos. Depois de algumas mudanças os intelectuais da Colônia estavam acertando o passo com a filosofia das luzes. Nesse momento chamado de Arcadismo, houve um reflorescimento das tendências artístico-científicas, procurou-se regatar o racionalismo e o equilíbrio do Classicismo do séc. XVI como meio de combater a influência do Barroco. Esse movimento teve grande importância para a literatura brasileira, pois foi um período de amadurecimento e que consequentemente refletiu na quantidade de homens cultos, que formaram o primeiro grande conjunto de brasileiros capazes de ombrear com os naturais de Portugal. Entre os autores árcades brasileiros destacam-se: José de Santa Rita Durão, com o poema Caramuru que tem por tema a terra e particularmente o indígena.
José Basílio da Gama, com o poema “O Uruguai” cujo tema retrata a luta de portugueses e espanhóis contra índios e jesuítas. O poema não enfatiza a guerra em si, mas a descrição física e moral do índio, o choque de culturas e a paisagem natural.
Cláudio Manoel da Costa é um poeta de transição entre o Barroco e o Arcadismo, nele ocorre um procedimento temático de certo alcance na formação de uma sensibilidade nacional na literatura: a da metamorfose- que consiste em imaginar que acidentes naturais como árvores, rios montanhas, são personagens mitológicos transformados.
Tomás Antônio Gonzaga é o mais moderno. Sua obra lírica consiste numa coleção de poemas amorosos dedicados à pastora Marília. A ele se atribui com certeza quase absoluta a autoria do poema satírico inacabado “Cartas Chilenas”. Elas satirizavam os desmandos administrativos e morais de Luís da Cunha de Menezes, governador de Minas Gerais que era populista e acusado de corrupção e nepotismo.
O Arcadismo foi importante não só porque consolidou uma visão crítica do país na época do ciclo do ouro, mas também porque permitiu a abordagem da temática da oposição entre campo e cidade, evidenciou a presença do modelo camoniano e preparou o campo para a literatura de fundo indianista.
O movimento de novas ideias filosóficas e literárias, que teve início a partir do decênio de 1870 e se estende até os dias atuais, trouxe o desenvolvimento de um forte espírito crítico, voltado para analisar de maneira moderna a sociedade, a política e a cultura do Brasil.
Esse movimento trouxe uma transformação cheia de modernidade e pôs em cheque o idealismo romântico e as explicações religiosas, questionou oligarquias e propôs explicações científicas.
A literatura brasileira passou a ser uma atividade regular de muitos escritores e já podia ser difundida através de veículos de comunicação.
A literatura já não vivia mais de idealismos. Passou a ser uma arte mais objetiva que analisasse, compreendesse, criticasse e transformasse a realidade.
A partir de então a literatura foi consolidada, porque houve um amadurecimento da cultura brasileira, e um dos grandes sinais deste amadurecimento é a obra de Machados de Assis.


 Resumo feito por : Fernanda Ferreira e Cylene Cássia.


quinta-feira, 6 de outubro de 2011


Saiba o que muda na ortografia.

Na avaliação do professor Godofredo de Oliveira Neto, presidente do Conselho Diretor do Instituto Internacional da Língua Portuguesa (IILP) e da Comissão de Definição da Política de Ensino, Aprendizagem, Pesquisa e Promoção da Língua Portuguesa (Colip), ligada ao Ministério da Educação (MEC), as principais mudanças para os brasileiros serão a extinção do trema e mudanças no uso do hífen e de acentos diferenciais.
Confira as alterações que o novo acordo trará para o português escrito no Brasil:
Alfabeto
Passará a ter 26 letras, ao incorporar "k", "w" e "y".
Trema
Deixará de existir, só permanecerá em nomes próprios, como Hübner ou Müller.
Acento agudo
Desaparecerá nos ditongos abertos "ei" e "oi" em palavras como "idéia" e jibóia" e nas palavras paroxítonas com "i" e "u" tônicos, quando precedidos de ditongo em palavras como "feiúra"
Acento circunflexo
Desaparecerá em palavras com duplo "o", como vôo e enjôo e na conjugação verbal com duplo "e", como vêem e lêem.
Acento diferencial
Não se usará mais acento para diferenciar "pára" (verbo) de "para" (preposição) ou "pêlo" (substantivo) de "pélo" (verbo) e "pelo" (preposição mais artigo).
Hífen
Desaparecerá em palavras em que o segundo elemento comece com "r" e "s", como "anti-rábico" e "anti-semita". A grafia passará a ser "antirrábico" e "antissemita". O hífen será mantido quando o prefixo terminar em "r", como em "inter-racial".

Acentos
Novas Regras
COMO ERA
COMO FICA

Circunflexo
 DESAPARECE: nas paroxítonas terminadas em  "-eem" e "-oo"
Eles vêem
Eles lêem
Vôo
Enjôo.
Eles vêem
Eles lêem
Voo
Enjoo.







Diferencial



DESAPARECE: em quase todas as palavras.


Pára;
Pêlo;
Pólo;
Pêra;
Pára-brisa.




Para;
Pelo;
Polo;
Pera;
Para-brisa.

Continua: no infinitivo do verbo "pôr" e no pretérito perfeito de "poder" (pôde)
Facultativo: para distinguir forma de fôrma.
NÃO MUDA
É preciso pôr a mesa.
Ontem ele não pôde sair.

Agudo nos Ditongos Abertos
EI e OI
DESAPARECE: nas paroxítonas (acento tônico na penúltima sílaba)
CONTINUA:
 nas palavras oxítonas (acento na última sílaba ) e nos monossílabos tônicos(palavras de uma só sílaba, sendo ela tônica).

Assembléia

Idéia

Heróico

Assembleia

Ideia

Heroico.

Acento Agudo no I e no U em hiato.
DESAPARECE: nas paroxítonas, quando a sílaba tônica é antecedida de ditongo.
Feiúra
Bocaiúva.
Feiura
Bocaiuva.
CONTINUA:  em todos os outros casos determinados pela regra anterior.
NÃO MUDA:
Piauí; tuiuiú; saúde.

Prefixos
Novas Regras
COMO ERA
COMO FICA

TERMINADOS EM VOGAIS E FALSOS PREFIXOS
PARA SER USADO: quando o segundo elemento se inicia por vogal idêntica á vogal final do prefixo ou por H


Microondas

Anti- semita

Micro-ondas

Antissemita.
DESAPARECE: nos outros casos.
Infra-estrutura
Infraestrutura




TERMINADOS EM
B




________________

CO(M)

É USADO: quando o segundo elemento é iniciado por B, H ou R.

DÚVIDA: O acordo não deixa claro se "subumano" passará a ser grafado como "sub-humano".





Subepático





Sub-hepático
É USADO: quando o segundo elemento é iniciado por H.
DUVIDA: O acordo não deixa claro se "coabitar" passará a ser grafado como "co-habitar"
NÃO MUDA

Co-herdar

AD
É USADO: quando o segundo elemento é iniciado por D, H, ou R.
DÚVIDA: "Adrenalina" deve continuar igual, mas não está claro se "adrenal" se torna
"ad-renal".


NÃO MUDA

Ad-digital

CIRCUM
PASSA A SER USADO:  quando o segundo elemento  é iniciado por vogal, H,M, ou N.
Circumurado
Circum-murado

BEM
DESAPARECE: nas palavras citadas no acordo ortográfico e nas suas correlatas, provocando a aglutinação.
Bem-feito
Bem-querer
Bem-querido.
Benfeito
Benquerer
Benquerido.

TERMINADOS EM R
CONTINUA: quando o segundo elemento é iniciado por H ou R.
NÃO MUDA
Super-homem; inter-relação
Algumas palavras compostas perderam o hífen
Pára-quedas

Manda-chuva
Paraquedas

Mandachuva
TREMA
DESAPARECE: em quase todas as palavras.
COMO ERA:
Lingüiça
Conseqüência
Pingüim.
COMO FICA:
Linguiça
Consequência
Pinguim.

Fonte: FOLHAONLINE. www.folha.com.br